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GRUPO PELA VIDDA/RJ PROMOVE ATO PÚBLICO NA CINELÂNDIA PARA MARCAR O DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS
Apitaço e balões: ativistas e voluntários do GPV/RJ realizaram ato público na Cinelândia para lembrar as vítimas da AIDS e os problemas da epidemia no estado do Rio de Janeiro
Dezembro/2011
Sylvia Dietrich
Com o tema “Nós não queremos viver na Corda Bamba! Queremos viver a vida com dignidade!”, ativistas e voluntários do Grupo Pela Vidda/RJ realizaram na terça-feira,01/dezembro – Dia Mundial de Luta contra a AIDS –, um ato público, com o objetivo de sensibilizar, mobilizar e orientar toda a sociedade contra o preconceito, a discriminação e a exclusão social de pessoas vivendo com HIV e AIDS (PVHA).
Durante todo o ato, entre 11h30 e 15h30, diversas faixas e painéis que abordavam temas como direitos humanos, ética, inclusão social e políticas públicas de saúde com qualidade e dignidade foram expostas na escadaria da Câmara Municipal, assim como foi criada uma instalação em defesa do SUS, com materiais e frascos (vazios) de remédios que compõem o coquetel Anti-AIDS, em representação às carências de saúde ainda sem respostas do Governo.Preservativos e folhetos explicativos também foram distribuídos.
Às 13h30, ativistas e voluntários do GPV/RJ e de 15 Organizações parceiras (a maioria associações Comunitárias da periferia do Rio e da Baixada Fluminense) na luta contra a AIDS realizaram um grande apitaço na escadaria da Câmara Municipal. Simultaneamente, foi lida a Declaração dos Direitos das PVHA – a qual completa, neste ano, 20 anos de criação e foi escrita também pelo ativista Herbert Daniel, fundador do GPV/RJ – e, em seguida, foram soltos diversos balões de gás (vermelhos e brancos) em memória às vítimas da epidemia e em alerta e solidariedade a todos aqueles que lutam pelos direitos de cidadania e pela dignidade das PVHA.
Performance artísticas com personagens do cotidiano e mensagens positivas de luta contra a epidemia também foram realizadas.
Segundo Márcio Villard, presidente do GPV/RJ, o Grupo pretendia chamar a atenção para a problemática da epidemia de HIV e AIDS no Estado, não somente da sociedade civil fluminense, mas também dos governantes. Diversas questões, infelizmente recorrentes na vida daqueles que vivem e convivem com o HIV e a AIDS, foram apresentadas. Por exemplo: o descaso público no cumprimento dos pactos de assistência e tratamento no SUS, assim como no atendimento e acompanhamento especializados – o que prejudica a qualidade de vida e de tratamento das pessoas soropositivas, devido à impossibilidade de manutenção do tratamento médico necessário e específico. Da mesma forma, as violações dos direitos humanos com as quais os PVHA ainda sofrem também foram lembradas: falta de garantia da gratuidade nos transportes públicos; de política de assistência social que oriente, acolha e integre dignamente as PVHA na sociedade, e de uma política de seguridade social compatível com as demandas atuais.
“Queremos ampliar o debate sobre este tema e dar visibilidade ao nosso movimento social e às vítimas da AIDS, denunciando a qualidade de vida e as principais dificuldades do dia-a-dia destas pessoas que vivem neste município. Não queremos Viver na corda bamba! Sofremos com o descaso de governantes e políticos que não promovem saúde pública como deveriam: faltam investimentos às ações de prevenção no RJ (temos mais de 4 bilhões de reais parados nos cofres da Secretaria Estadual há 3 anos devido à burocracia interna) e aos serviços psicológicos e de saúde para atendimento e acompanhamento especializados. Sofremos com as violações dos nossos direitos humanos! Não queremos e não podemos permitir mais preconceito, discriminação e intolerância nas nossas relações interpessoais e de trabalho!”, instiga Márcio Villard.
George Gouvêa, vice-presidente do GPV/RJ, concorda: “Este ato serve para o GPV/RJ se posicionar publicamente e lembrar que a luta contra a epidemia de HIV e AIDS deve ser diária, contínua, permanente, porém com o apoio de toda a sociedade e, principalmente, dos governantes”. Além destes, os empresários de transportes públicos também foram lembrados pelo GPV/RJ, ao colocarem a necessidade de se garantir a gratuidade das passagens de ônibus às PVHA, conforme preconizam leis federais e estaduais já em vigor.
Ainda conforme Márcio Villard, a partir de 2010 o Grupo não contará mais com o patrocínio de seu principal financiador – o qual não apoiará mais ações de HIV/AIDS no Brasil; assim como, da mesma forma, atuarão outras instituições. Por isso, o Grupo mantém o apelo à atenção e solidariedade de toda a sociedade e, através da declaração de Villard, afirma que “não temos vergonha de admitir que estamos a mercê da sorte e, por isso, só temos a agradecer a todos que apóiam de alguma forma a luta contra a AIDS no Brasil”.
Parceiros deste Ato:
Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, Grupo Arco Íris de Conscientização Homossexual, Associação de moradores de Vila Isabel,Centro Comunitário Raiz Vida, Centro Social e cultural Tatiane Lima (CSCTL), Centro de Assistência Humanitária Emmanuel, Associação Comitê Menino Jesus de Praga (ACMJP), Centro de apoio Social Comunitário (CASCO), Associação de Mulheres da Comunidade do Arará (AMCA), Instituição de projetos avança Maré (IPAM), Centro Cultural e Social Graça Social (CCSGS), Instituto de Ação Social Esporte e Educação (IASESPE) e Comitê Jardim Futurista (Nova Iguaçu).
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