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QUEM SOMOS

GRUPO PELA VIDDA-RJ

Grupo pela valorização, integração e dignidade do doente de Aids

      O Grupo Pela VIDDA do Rio de Janeiro (GPV-RJ) foi fundado em 24 de maio de 1989, pelo escritor Herbert Daniel. Trata-se do primeiro grupo fundado no Brasil por pessoas vivendo com hiv e aids, seus amigos e familiares. Suas ações e iniciativas são garantidas pela intensa dedicação de voluntários e de profissionais engajados na luta contra a epidemia no país. São várias pessoas envolvidas no quotidiano da organização (dentre usuários, voluntários e funcionários), e um importante quadro de voluntários que atuam em várias ações, projetos e atividades pontuais e/ou estratégicas (manifestos, 1º de dezembro, eventos etc.). Em nossos últimos atos políticos de 1º de dezembro (2007 a 2010) reunimos aproximadamente 1500 voluntário e uma mobilização em torno de 5000 pessoas a cada ano.

Como não temos fins lucrativos, o GPV-RJ se mantém por meio de uma série d financiamentos de instituições brasileiras e internacionais que atuam em saúde e desenvolvimento social. Conta também com um grande número de importantes parcerias locais, como organizações que lutam pela defesa da cidadania e a rede pública de saúde.

Os objetivos principais do Grupo Pela VIDDA-RJ são a ruptura do isolamento e a
desconstrução do estigma relacionado à doença; a reintegração no quotidiano social das
pessoas vivendo com hiv e aids; por fim, a defesa dos direitos e a garantia da dignidade
dessas pessoas. Para tanto, o Grupo desenvolve diversas atividades de ajuda mútua em sua sede, para diversos grupos específicos (mulheres, homens, jovens, travestis etc).

Desde 1990, a organização oferece assistência jurídica gratuita às pessoas afetadas pela epidemia, já tendo beneficiado mais de 3.500 indivíduos. Criou o primeiro serviço regular de informações telefônicas sobre o assunto no Brasil (Disque-aids Pela VIDDA). Dentre as atividades externas, destaca-se o Projeto Rio Buddy de acompanhamento domiciliar a
pessoas vivendo com aids, em parceria com o Grupo Arco-Íris, desde 1997.

O GPV-RJ dedica-se a uma forte articulação política, por considerá-la o principal meio de transformação social. Busca, portanto, estar diretamente envolvido na formulação
das políticas públicas de saúde, participa ativamente dos diversos foros, conselhos e
assembléias muncipais e estaduais de saúde e desenvolvimento social. O Grupo contribui direta ou indiretamente em foros específicos sobre hiv-aids, como o Comitê Nacional de Vacinas anti- hiv, a Comissão Nacional de Aids, o Conselho Nacional de Saúde, o Grupo Temático do UNAIDS no Brasil. Além disso, o Grupo foi membro fundador do Fórum de ongs-aids do Estado do Rio de Janeiro (1997), e recentemente ajudou a fundar o Fórum Estadual das ongs no Combate à Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro (2003).

Para manter a população esclarecida e mobilizada com relação aos temas que
envolvem a epidemia, o Grupo desenvolve diversas atividades de prevenção primária e
secundária, atividades de capacitação, publicações e material informativo para segmentos específicos. Freqüentemente, promove oficinas, seminários de atualização sobre diversos temas relacionados ao combate à aids, bem como seminários internacionais. Por fim, é responsável, junto com o Grupo Pela VIDDA-Niterói, pela realização da maior conferência comunitária regular em hiv e aids na América Latina, o Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids.

 

Contextualizando o momento da epidemia de HIV e Aids no Brasil : Desafios permanentes na Missão institucional e política do GPV-RJ

Prolongamento da estimativa de vida;
Em conseqüência surgem outros problemas:
 Pobreza;
 Feminilização da epidemia;
 Falta de moradia;
 Falta de trabalho;
 Violência urbana/falta de segurança;
 Dificuldade de inserir o tema sexualidade/DST/Aids nas escolas;
 Corrupção na máquina estatal;
 Violação dos direitos;
 Efeitos colaterais dos ARV;
 Outras patologias decorrentes do uso dos ARV ou da Aids
 Descentralização das ações de promoção da saúde, da prevenção às DST/Aids, do
diagnóstico sorológico e dos serviços básicos de atenção Experiência em coinfecção TB/HIV
 Treinamento dos monitores do viva-voz (Grupo Pela VIDDA).
 Vídeo Depoimento de 5 voluntários do Grupo Pela VIDDA/RJ para THRIO/CREATE
 Participação no Curso de Especialização em Pneumologia Sanitária do
Centro de Referência Hélio Fraga.
 Participação na 3rd Stop TB Partners Fórum, Rio de Janeiro
 Participante no Comitê Comunitário Assessor do THRio/CREATE .
 Participante do Comitê Metropolitano do Rio de Janeiro.

 

Reflexão acerca do atual momento das ong-aids no brasil: a extinção das ongs aids é vergonha nacional

Nos últimos anos, a falta de recursos tem sido uma realidade para as Ongs/Aids em nosso país. Elas, que já foram consideradas um dos principais alicerces da resposta brasileira à epidemia da aids, hoje correm sério risco de extinção por diversos motivos. Entre eles podemos citar, principalmente, a falsa impressão de que a aids em nosso país esta resolvida.

Uma falacia assombrosa, uma vez que, foram notificados mais de 182.000 novos casos de aids, e mais de 57.000 seres humanos perderam suas vidas em decorrência da mesma, entre 2005 e 2009. Esta mentira provoca uma grande redução dos recursos que, historicamente, vinham de organizações internacionais para o combate à aids no Brasil. Além disto, os Governos, tanto no plano Federal, Estadual e Municipal omitem-se de forma criminosa e não se entendem quanto a devida utilização dos recursos dos Planos de Ações e Metas (PAM). Esta omissão acaba provocando novas infecções pelo HIV em milhares de pessoas, colocando suas vidas em risco.

No caso dos Governos, podemos usar como exemplo o Estado do Rio de Janeiro que,
conforme dados do Ministério da Saúde, ocupa, no plano nacional, a terceira posição em
casos de aids notificados, entre 2007 e 2010. Além disto, no Brasil ele é o segundo
colocado em taxa de incidência de casos de aids por 100.000 habitantes; na região sudeste ocupa, lamentavelmente, o 1º lugar: medalha de ouro na Olimpíada do descaso. Apesar disto, este Estado não repassa os recursos do PAM para as Ongs/Aids, há cinco anos.

São mais de R$ 4.000.000,00 (isto mesmo, quatro milhões de reais) de recursos que estão parados, imobilizando e extinguindo o trabalho de prevenção, de promoção da saúde, de defesa dos direitos fundamentais das pessoas vivendo com HIV/AIDS, de apoio
psicológico, assessorias jurídicas, grupos de convivência e tantos outros. Devemos lembrar que nós, Ongs/Aids chegamos aonde a falta de vontade política e o braço engessado do Estado não chega.

Cabe, também, a sociedade, de um modo geral, e aos empresários, de forma particular,
parte da responsabilidade sobre este assunto. A aids existe e esta entre nós, não tem cura, não escolhe idade, credo, sexo, classe social, orientação sexual e nem grupo étnico. Os recursos do exterior são bem vindos, mas a luta contra a aids deve ser de toda a sociedade brasileira, e ela deve participar, inclusive, ajudando na manutenção das Ongs/Aids. Por que as grandes empresas se omitem em patrocinar Ongs/Aids? Uma pergunta sem resposta…

Diante deste quadro, repleto de omissões, falhas, desprezo pela vida humana, inércia e
insensibilidade, só resta uma certeza, a extinção das Ongs/Aids em curto prazo e o
recrudescimento da epidemia de aids em nosso país, alcançando milhões de brasileiros.

George Gouvea/Psicanalista/Presidente do Grupo Pela Vidda/RJ
Contato: george.gouvea@pelavidda.org.br

 

Pela Vidda no Brasil

Organizados de forma independente, mas compartilhando da mesma ideologia, existem outros grupos “Pela Vidda” no país atuando na defesa dos direitos humanos do portador do HIV e na luta contra a Aids. São eles:

Pela Vidda Niterói
Pela Vidda São Paulo
* Pela Vidda Espírito Santo
Pela Vidda Goiânia
* Pela Vidda Paraná

 

Coordenações das atividades, projetos e grupos de trabalho

EM 2010 E 2011:
1) Assessoria e Orientação Jurídica – Patrícia Rios
2) Advocacy e Direitos Humanos – Patrícia Rios, Ludmila Vicenza e Marcio Villard.
3) Controle Social do SUS – Rene Junior e Hosana Cancio.
4) Controle Social e Ativismo Político – George Gouvêa, Jucimara Moreira, Marcos
Moreira, Giselle Meirelles, Rene Junior e Marcio Villard.
5) Projeto Viva Voz Contra Estigmas – Jucimara Moreira, Marcio Villard, Marcio
Baptista e Mônica Souza.
6) Disque Aids Pela Vidda – Rene de Almeida Junior
7) Recepção e Aconselhamento – George Gouvêa, Fernanda Hernandez e Edilene
Bastos.
8) Grupo de Jovens Vivendo e Convivendo com HIV e Aids – Regina Bueno.
9) Grupo de Mulheres – Maria Aparecida Lemos e Terezinha Villela.
10)Grupo de Homens – René Monteiro e Josué Mitidiere.
11) Confraternizações e celebrações – Marcos Moreira, Giselle Meirelles e Celso
Paulino.
12)Atendimento social e Recepção – Maria Moreira e Josué Mitidieri.
13) Programa IEC / Informação, Educação e Comunicação em Saúde em DST e Aids –
Jucimara Moreira e Marcio Villard.
14) Mobilização e Treinamentos – Marcio Villard.
15) Projetos especiais e traduções – Tricia Perri.
16) Assessoria de Comunicação Social – Márcia Villela e equipe da TARGET
Comunicação Social.
17) Grupo de Trabalho para enfrentamento da Co-infecção TB/HIV/Aids – Jucimara
Moreira e Marcio Villard.
18) Grupo de Trabalho do XV Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids -
Marcio Villard, George Gouvêa, Jucimara Moreira, Rene Junior, Marcio Baptista,
Gisele Meirelles Celso Paulino e equipe do GPV-Niterói.

Marcio Villard
Coordenador de Projetos e Ações Estratégicas do GPV-RJ