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A cada minuto, dezenas de pessoas que se infectam pelo HIV no Brasil, várias ainda morrem sem tratamento. Ainda enfrentamos muitas mortes por dia, mesmo numa época em que a Aids se tornou doença com tratamento crônico para quem tem acesso aos coquetéis de medicamentos. No Brasil, a Aids ainda consome a vida de milhares de homens, mulheres, jovens e crianças de variados contextos sociais. Precisamos rever as estratégias e os posicionamentos governamentais neste momento, por isso solicitamos ao Ministério da Saúde e suas instâncias de controle e enfrentamento da Aids no Brasil atenção especial e emergencial a conjuntura atual que envolve a defesa e a promoção de direitos.
CONCLAMAMOS os governos, a opinião pública e as comunidades a agirem imediatamente para a garantir o direito dos grupos mais afetados e as pessoas portadoras do HIV e Aids receberem atenção digna, integral e coerente, independente do lugar onde vivem ou da sua condição social e econômica, respeitando assim as determinações das Declarações de Compromissos das Nações Unidas (UNGASS/AIDS)
REPUDIAMOS a falta de diálogo, participação e debate nas decisões recentes envolvendo as campanhas educativas e de promoção da saúde envolvendo populações vulneráveis à infecção do HIV. Temos que lembrar sempre que a resposta brasileira se consolidou pelos esforços conjuntos de setores da sociedade e do governo e pelo protagonismo das pessoas vivendo com HIV e Aids.
EXIGIMOS que as decisões sobre a resposta brasileira estejam a serviço da saúde pública e da vida e não subordinados a interesses partidários e ideológicos.
REAFIRMAMOS que o melhor meio de prevenção é incentivar o uso de preservativos (masculino e feminino), garantir o acesso permanente a uma informação cidadã com linguagem e conceitos adequados, adotar políticas de redução de danos e incluir os temas sexualidade e direitos humanos nas políticas educacionais.
LUTAMOS pelo direito básico de viver com qualidade e dignidade, pelo direito constitucional à saúde e pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) pleno e que garanta a Política de Nacional de enfrentamento a Aids, a saber:
Ato Público e Mobilização no Dia Mundial de Luta contra a Aids – 1º de Dezembro de 2016.
Local: concentração Praça Mauá às 14 h
Programação:
09h às 19h – Abertura dos serviços sociais e comunitários e ações de promoção da saúde com testagem rápida do HIV através de amostra de fluído oral – equipe do GPV-RJ.
11h às 16h – Atividades políticas, sociais, culturais e de informação sobre HIV e Aids.
14h às 16h – Concentração para a Caminhada “Todos contra o preconceito, as injustiças e contra a PEC 55” – trajeto da Praça Mauá a Candelária pela Av. Rio Branco.
16h – Ato conjunto com o Fórum de ONG-Aids/RJ “Enterro do preconceito, das injustiças e da PEC 55” teremos 3 caixões e várias faixas com palavras de ordem e pela dignidade de quem tem HIV/ Aids – Cumpra a Promessa e Quebre o silêncio.
18h – Ato Público em frente à Igreja da Candelária – leitura dos Direitos Fundamentais das PVHA e palavras de ordem contra o corte nos gatos da saúde e o aumento dos dados de HIV/Aids no Brasil.
19h – Cerimônia das Velas – Vigília – Encerramento do Ato e retorno à Praça Mauá.
20h – Ciranda de abertura do 18º VIVENDO – cantigas populares e palavras de ordem .